sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Em Moscou, Dilma volta a defender royalties para a educação




Presidenta Dilma Rousseff durante encontro privado com o presidente da Federação Russa, Vladimir PutinROBERTO STUCKERT FILHO/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
A presidente Dilma Rousseff voltou a defender a destinação dos royalties do petróleo para a educação, nesta sexta-feira (14). Desta vez, a proposta foi citada no discurso de encerramento do Fórum Empresarial Brasil, em Moscou, na Rússia.
— O maior desafio do meu país está na área da educação. O Brasil universalizou a educação básica recentemente. Mas o nosso desafio é procurar qualidade. Por isso, dedicamos tanta importância e queremos que todos os recursos que obtenhamos – royalties, participações especiais da exploração do petróleo e gás no Brasil – sejam destinados à educação.
Dilma também comentou a importância de parcerias com indústrias, no que diz respeito ao ensino técnico e profissionalizante, e de programas como o Ciências sem Fronteiras, que tem por objetivo formar 101 mil estudantes brasileiros nas melhores universidades do mundo. Além disso, ela mostrou interesse em estabelecer parcerias cientificas com a Rússia.
— No recente discurso pronunciado pelo presidente Putin, perante a Assembleia Federal, identifiquei numerosos pontos de convergência entre as prioridades russas e as brasileiras. Nós queremos ir além de uma economia baseada em commodities, queremos modernizar nossas indústrias e fortalecer nossa capacidade de inovação. Atribuímos especial ênfase à educação, concordamos que uma nova ordem multipolar requer ações coletivas capazes de unir nações e regiões em torno de uma agenda — afirmou.


Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/em-moscou-dilma-volta-defender-royalties-para-educacao-7054605#ixzz2F3uDxJwo

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

VI Encontro Internacional de Cinema e Educação


Já em sua sexta edição, o ENCONTRO INTERNACIONAL DE CINEMA E EDUCAÇÃO é organizado pelo grupo de pesquisa e extensão da UFRJ, Cinema para Aprender e Desaprender (CINEAD), pertencente ao Laboratório do Imaginário Social e Educação (LISE) e ao Laboratório de Educação, Cinema e Audiovisual (LECAV), o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Faculdade de Educação e, a partir deste ano, também pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação (PPECO),
em parceria com Colégio de Aplicação da UFRJ e com a Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.


Este evento tem como público-alvo preferencial alunos e professores das diversas instâncias do ensino, bem como estudantes e profissionais que possuam interesse no eixo cinema-educação, e visa aprofundar os diálogos entre cinema e educação, convocando especialistas na área para discutir acerca de temáticas relevantes.


Simultaneamente ao Encontro, ocorre também a Mostra da Faculdade de Educação no MAM, e a Mostra Mirim Internacional 
de Minutos Lumière, ambos indo para sua quinta edição, onde são apresentados filmes da categoria "Minutos Lumière", da 
autoria de crianças e jovens em idade escolar de todo o mundo.



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PROCESSO SELETIVO DISCENTE 2013 – MESTRADO ACADÊMICO EM EDUCAÇÃO


UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais - CCH
Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado
PROCESSO SELETIVO DISCENTE 2013 – MESTRADO ACADÊMICO
Edital nº 8

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Ciências
Humanas e Sociais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) torna
pública, para conhecimento dos interessados, a abertura de inscrições para o processo
seletivo discente do curso de Mestrado (Processo nº 23102.003.593/2012-65), conforme a
Resolução UNIRIO nº 2.937, de 2 de julho de 2008; a Recomendação nº 07/2008 do
Ministério Público Federal, o ofício circular nº 0489/2008/PR/Capes, Decreto  n° 3.298, de
20 de dezembro de 1999, o Decreto nº 6.932, de 11 de agosto de 2009 e o Decreto
nº6.944, de 21 de agosto de 2009, com a finalidade de preencher até 39 (trinta e nove)
vagas, distribuídas por ordem de classificação dos aprovados por linha de pesquisa, dentro
do limite de vagas de cada linha do Programa.

CLÁUSULA 1ª
DAS VAGAS
1.  O processo seletivo tem o objetivo de preencher  até 39 (trinta e nove) vagas,
distribuídas entre as três linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação,
dentro de limites de vaga de cada linha, a saber:
 Práticas educativas, linguagens e tecnologia – até 24 (vinte e quatro) vagas
 Subjetividade, cultura e história da educação – até 5 vagas (cinco) vagas
 Políticas em Educação – até 10 (dez) vagas


CLÁUSULA 2ª
DAS INSCRIÇÕES:
1. As inscrições para o processo seletivo discente poderão ser realizadas no período de 19
a 30 de novembro de 2012, no Protocolo do CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
– CCH (Av. Pasteur, 458, térreo, Urca), das 9:30h às 11:30h e das 14:30h às 18:30h.
2.  As inscrições também poderão ser realizadas pelo Correio, via SEDEX, em envelope
contendo a documentação exigida e encaminhada para (PROTOCOLO do CCH - Av. Pasteur,
458, Prédio do CCH – térreo - Urca, Rio de Janeiro – RJ – CEP 22290-240), com carimbo de
postagem  com data máxima referente ao último dia de inscrição, 30 de novembro de
2012.
3. Não serão aceitas inscrições requeridas fora do prazo.
4.  A ficha de inscrição (anexo 1) deverá ser preenchida e assinada pelo candidato. É
importante indicar a língua estrangeira (inglês, francês ou  espanhol) em que realizará o
exame de compreensão em língua estrangeira.

Baixe o edital no link abaixo:
http://educacao.unirio.br/uploads/Processos%20Seletivos/Processo%20Seletivo%202013%20-%20Edital.pdf

VI Encontro Internacional de Cinema e Educação da UFRJ



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

MEC estenderá crétido educativo para Pós-graduação


O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa de crédito educativo do Ministério da Educação (MEC) para cursos de graduação, passará a atender também estudantes de pós-graduação. A decisão foi antecipada ao GLOBO pelo ministro Aloizio Mercadante e busca induzir o setor privado a investir mais em cursos de mestrado e doutorado.
Mercadante diz que o projeto será lançado no ano que vem. Dos 187 mil alunos de mestrado e doutorado em 2011, apenas 29 mil — ou 16% do total — estavam matriculados em instituições particulares de ensino. É o inverso do que ocorre nos cursos de graduação, em que as universidades privadas concentram 73% dos estudantes:
— A pesquisa e a pós no Brasil são um esforço do Estado brasileiro. Vamos continuar avançando (nas instituições públicas), mas é importante que o setor privado dispute essa fatia, invista mais em cursos de pós-graduação qualificados.
Regras estão em estudo
Atualmente, o Fies beneficia mais de 578 mil estudantes de graduação, com juros subsidiados de 3,4% ao ano, taxa menor do que a inflação. O prazo de pagamento também é facilitado: três vezes a duração do período financiado, acrescido de um ano, além de carência de um ano e meio. Quem obtém empréstimo para cursar quatro anos de faculdade tem 14,5 anos para quitar a dívida.
O formato do Fies da pós-graduação está em elaboração.
— Estamos ainda detalhando o programa, mas nós vamos abrir um Fies para a pós-graduação. O financiamento é um caminho muito promissor — diz Mercadante.
A lei do Fies prevê a concessão de empréstimos em mestrados e doutorados, mas isso nunca ocorreu. A lei exige que o financiamento seja direcionado a cursos com resultado positivo nas avaliações oficiais. O mesmo vale para a graduação.
Em outra frente, o MEC quer que as universidades públicas aumentem o número de estudantes de pós-graduação. Um balanço preliminar mostrou que é baixa a proporção de orientandos — alunos em fase de elaboração de tese — por professor. Segundo Mercadante, a relação é de três orientandos por docente, quando poderia ser de sete por um, conforme parâmetros internacionais:
— Podemos pelo menos dobrar o número de (estudantes de) pós-graduação com a nossa capacidade de doutores disponíveis. Vamos fazer uma análise criteriosa: cada doutor quantos orientandos tem e por quê?
Bolsas no exterior
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informa que foram formados 12,2 mil doutores e 39,2 mil mestres no país, no ano passado. Instituições privadas responderam por apenas 1.255 doutores e 8.858 mestres. Ao todo, havia 187,7 mil mestrandos e doutorandos.
Mercadante diz que o governo vai estimular a transformação de mestrados em doutorados. Segundo ele, o governo não pretende propor o fim dos mestrados, mas considera que essa é uma discussão a ser feita, uma vez que há países que ignoram essa etapa, matriculando seus estudantes de pós-graduação diretamente no doutorado. O programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas no exterior, já encampa esse conceito, atendendo apenas alunos de graduação, doutorado e pós-doutorado.

Fonte: 
http://oglobo.globo.com/educacao/mec-estendera-credito-educativo-para-cursos-de-pos-graduacao-6618860

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mec-estendera-credito-educativo-para-cursos-de-pos-graduacao-6618860#ixzz2B6iVVijo

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Café com RH da UFF (Macaé)


Nos dias 20 e 27 de Setembro ocorrerão as próximas mesas do projeto de extensão Café com RH da UFF cujo foco está na promoção da qualidade de vida dentro e fora do trabalho (QVT) em Macaé. Mensalmente teremos mesas-redondas com subtemas correlatos à QVT. 
É gratuito, mas as vagas são limitadas. 

PROGRAMAÇÃO

Setembro - Dia 20/09- 19h

Mesa 1 às 19:00h – Diferentes Olhares sob a Qualidade de Vida

Espiritualidade nas organizações e seu impacto na Qualidade de Vida no trabalho - Profa Sônia Terezinha
Mestre em Sistemas de Gestão–Universidade Federal Fluminense–UFF;  MBA em Administração e Sistemas de Informação - Universidade Federal Fluminense - UFF;     Bacharel em Administração de Empresas - (Universidade Estácio de Sá) . Coordenadora e professora  do curso Gestão de RH e da  Pós Graduação em Gestão de RH..

Sistema Biocêntrico nas Organizações - Consultora Suely Carvalho
Sócia-diretora da ReSurgir-Desenvolvimento humano. Consultora da empresa Opus Soluções Empresariais – S.P. Graduação em Pedagogia pela Universidade Metodista de São Paulo. Teóloga e Psicanalista. Formação titular e didata em Biodança® pela IBF-Internation Biocentric Foundation. Presidiu e organizou vários Congressos Nacionais e Internacionais de Biodança®..

Mediadora - Prof Izabela M. R. Taveira
Professora adjunta do departamento de administração e ciências contábeis da UFF/Macaé .Mestre e doutora em psicologia social das organizações e do trabalho pela UERJ. Pós graduada em gestão estratégica de  RH pela Faculdade Estácio de Sá /Juiz de Fora. Graduada em Psicologia pelo Centro de ensino superior de Juiz de Fora/CESJF. Associada da  SBPOT (Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho). Foi sócia- proprietária da POPRH - Psicologia Organizacional/Projetos em RH entre 2001 e 2011 atuando em Juiz de Fora e região...

Mesa 2 às 20:30h  - Limites e possibilidades das políticas públicas na promoção da qualidade de vida  em Macaé.

Vice prefeita de Macaé - Marilena Garcia  
Secretária de Educação de Macaé, Presidente da Funemac, Coordenadora da sáude da Mulher ( Ministério da Saúde). Foi vereadora em Macaé por 4 mandatos . Pedagoga pela FAFIMA. Pós graduada em Políticas públicas pela Universidad de Havana - Cuba...

Mediadora -  Prof Dr Ludmila Antunes Rodrigues. 
Professora Adjunta do Departamento de Administração(área de concentração: Administração Pública)da Univerdade Federal Fluminense-Macaé(2011).Concluiu o pós doutorado em 2009 no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Laboratório de Economia Política da Saúde- LEPS; possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983) e doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (2001) na área de Política Social...


Setembro - Dia 27/09- 19h
Mesa 1 às 19:00h –  Álcool e outras drogas : Organizações e Trabalho
O papel das organizações na prevenção do uso de alcool e de outras drogas no ambiente de trabalho. 

Isabel Weiss - Sócia-Diretora do NTC Clínica e Consultoria (Núcleo de Terapias Cognitivas)
Psicóloga Clínica, com Mestrado em Saúde Coletiva pela faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), tendo como tema de sua dissertação “O Profissional da Atenção Primária à Saúde e as Substâncias de Abuso: o papel da capacitação na rotina da assistência”; Doutoranda do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), com projeto de pesquisa na área de tabagismo e prevenção de recaída; Certificada em  Mindfulness-Based Relapse Prevention (MBRP)...

Panorama do uso de álcool e drogas no trabalho: epidemiologia, custos diretos e indiretos.

Leonardo Martins -  Sócio-Diretor do NTC Clínica e Consultoria (Núcleo de Terapias Cognitivas)
Sócio-Diretor do NTC Clínica e Consultoria. Mestre em psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora tendo como objeto de dissertação o tema "Estresse Ocupacional e Esgotamento Profissional entre Trabalhadores da Atenção Primária à Saúde" em interface com o projeto "Disseminação de Intervenções Breves para o Consumo de Álcool e Outras Drogas na Atenção Primária à Saúde" financiado pelo CNPq, Fapemig e Capes. Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Mesa 2 às 20:30h: Desafios psicossociais no trabalho confinado

O trabalho confinado/embarcado : um olhar crítico sobre seu aspecto psicossocial.

Consultora Sara Tanos Nogueira 
Psicóloga do trabalho afiliada a SBPOT (Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho), Diretora e instrutora da empresa TECVIH treinamentos comportamentais vivenciais humanísticos, é especializada em fenomenologia existencial e arteterapia, com MBA em Gestão de Sistema de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde, há 12 anos desenvolvendo programas, treinamentos e consultorias para empresas de médio e grande porte...

Desafios na avaliação dos riscos Psicossociais

José Barbosa - Consultor em gestão estratégica da STC soluções  
Consultor em Gestão Organizacional. Bacharel em Administração com diversos cursos nas áreas de Qualidade, Recursos Humanos e Gestão de Operações de Serviços. É auditor líder nas normas ISO 9001, ISO 14001, CONAMA 306 e OHSAS 18001. Implementa e audita Sistemas Integrados de Gestão (Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança)...


Ficaremos muito felizes com a sua presença. Para maiores informações, acesse o nosso blog: http://caferhuffmacae.blogspot.com

A inscrição deverá ser feita através do email : caferhuffmacae@gmail.com  ( Somente através deste único e-mail) 

DADOS SOLICITADOS PARA INCRIÇÕES DE ALUNOS DA UFF:
MATRICULA / NOME COMPLETO / EMAIL / TELEFONE CONTATO/ DATA DAS MESAS REDONDAS QUE DESEJA PARTICIPAR
DADOS SOLICITADOS PARA INSCRIÇÕES DE PROFISSIONAIS E OU ALUNOS DE OUTRAS FACULDADES:
NOME COMPLETO / EMAIL / TELEFONE CONTATO/EMPRESA/CARGO/DATA DAS MESAS REDONDAS QUE DESEJA PARTICIPAR.



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Dilma vai vetar artigo da Lei de Cotas que elimina necessidade de Enem


A presidente Dilma Rousseff vai vetar parte do projeto de lei que regulamenta o sistema de cotas raciais e sociais para universidades federais de todo o país. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que se reuniu nesta quarta-feira (22) com Dilma, o Artigo 2º do texto, que trata da seleção dos estudantes, será vetado. Dilma tem até o dia 29 de agosto para sancionar a nova lei.
Pelo texto aprovado pelo Congresso, a seleção dos estudantes que terão direito a ingressar nas universidades federais pelo sistema de cotas raciais e sociais será feita com base no Coeficiente de Rendimento (CR), obtido a partir da média aritmética das notas do aluno no Ensino Médio. Com o veto a esse trecho, o governo quer garantir que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja a ferramenta para definir o preenchimento da vagas destinadas às cotas.
— Vai ter o veto do Artigo 2º, que é o acesso. O acesso se faz pelo Enem. A regra republicana do Brasil é o Enem. Os alunos já optaram pelo Enem — disse o ministro.
O projeto de lei aprovado pelo Senado, no começo deste mês, prevê que as universidades públicas federais e os institutos técnicos federais em todo o país reservem, no mínimo, 50% das vagas para estudantes negros, pardos ou indígenas, ou que tenham estudado em escolas da rede pública

Fonte: O Globo.com
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/dilma-vai-vetar-artigo-da-lei-de-cotas-que-elimina-necessidade-de-enem-5874948#ixzz24OmRGi4R
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Professores abrem mão de aumento e pedem reestruturação da carreira


A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva de Oliveira, esteve nesta quinta-feira (23) no Ministério do Planejamento para protocolar uma contraproposta dos professores à pasta, apesar de o governo ter encerrado as negociações com a categoria desde o dia 3 de agosto, quando assinou acordo com o Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). O Proifes representa a minoria dos docentes. As entidades de classe da maioria, o Andes-SN e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), rejeitaram a proposta governamental de reajuste de 20% a 45%.
De acordo com Marinalva de Oliveira, na contraproposta, os docentes abrem mão de aumento e dão preferência à reestruturação da carreira. O documento pede que, a cada degrau de progressão, os professores tenham ajuste de 4% - anteriormente, o percentual desejado era 5%. Segundo a presidente do Andes-SN, a categoria também decidiu acatar o piso de início de carreira proposto pelo governo, de R$ 2 mil.
— Antes, pleiteávamos R$ 2,5 mil, salário inicial considerado ideal pelo Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos] — disse Marinalva.
Marinalva teve que entregar uma cópia da contraproposta ao setor de protocolo da Secretaria de Relações do Trabalho, já que nenhum representante do Ministério do Planejamento foi designado para recebê-la. Ela alega que o mesmo ocorreu no Ministério da Educação:
— Não conseguimos ser recebidos pelo Mercadante.
Segundo a assessoria de comunicação do Planejamento, a negociação com os professores terminou e não será retomada. O secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça, está reunido com categorias em greve e passará o dia envolvido com negociações. Ele recebeu a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) – cujos representantes não deram entrevista após o encontro – e agora está reunido com o comando nacional de greve da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Fonte: O Globo.com - 23/08/12
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/professores-abrem-mao-de-aumento-pedem-reestruturacao-da-carreira-5874858#ixzz24OlLYenz
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segunda-feira, 30 de julho de 2012

O que você não deve fazer nas redes sociais

Atitudes a serem evitadas para que você tenha uma boa imagem no mundo digital

Fotos íntimas, comentários inconvenientes, perfis mal-acabados. As redes sociais estão cheias de gente se expondo, ou sendo exposta, de maneira inadequada. Isso prejudica a imagem profissional. Hoje, todo empregador consulta as redes sociais para espiar um candidato. “Faço todas as análises possíveis”, diz Fábia Barros, gerente da Across, consultoria de RH de São Paulo. A seguir, uma lista do que você não deve fazer em redes como Twitter, Facebook, Linkedin e Tumblr.

Ser interesseiro
O comportamento interesseiro desgasta a imagem digital. Use as redes de maneira participativa e procure ajudar os outros. As oportunidades geralmente aparecem quando você se reconecta com pessoas com as quais havia perdido contato. Aproveite para falar de trabalho.

Levantar prova contra si mesmo 
Ao pedir que um ex-colega de trabalho o apresente via rede social para uma vaga de emprego, certifique-se de que essa pessoa gostou de ter trabalhado com você. Ninguém recomenda um profissional em que não confia. 

Colocar fotos inadequadas 
Não dá para ser engraçado o tempo todo e para todo mundo. Colocar aquela foto sua pagando mico com os amigos, bebendo nas festas e usando sua roupa de praia preferida é uma péssima atitude. Bloqueie essas imagens e esteja certo de que apenas seus amigos possam visualizá-las.

Adicionar desconhecidos
Adicionar alguém impulsivamente pode conectá-lo a um contato inconveniente. Ao convidar alguém para sua rede, é interessante enviar uma mensagem de apresentação. É uma maneira sutil de informar quais interesses, em sua opinião, vocês podem ter em comum.

Abandonar o perfil
Apenas ter um perfil online é suficiente para fazer contatos. Deixa-lo às moscas, sem atualização de cargo, curso e informações em geral, pode afastar suas conexões. 

Criar um perfil sem foto 
Há pessoas que criam perfis nas redes sociais mas não confiam suficientemente nelas para adicionar uma foto pessoal. Isso é um erro, pois o objetivo da rede é ser visto. Se você adicionar uma foto, será sete vezes mais provável que as pessoas entrem em contato, segundo estatísticas do LinkedIn, rede social de contatos profissionais.


Deixar comentários desagradáveis de colegas no perfil
Quase todo mundo tem aquele amigo, tio ou prima que gosta de fazer comentários sobre quanto você gosta de tomar cerveja, sobre momentos íntimos em família ou sobre algum momento embaraçoso que você viveu. Por isso, faça sempre a manutenção dos recados que seus contatos deixam e, se necessário, apague-os, sem sentir remorso.

Escrever banalidades
Evite escrever besteira. Ainda que você seja um profissional dedicado, vai soar como desocupação. Pare de ficar escrevendo o que comeu, que está cansado, que comprou um sapato lindo na liquidação ou qualquer outra coisa que não tenha relação alguma com seu trabalho.


Fonte: Você S/A - Edição 168
Amanda Kamanchek (redacao.vocesa@abril.com.br)  16/07/2012

quarta-feira, 6 de junho de 2012

No 20º dia de greve, 51 federais estão paralisadas; UFABC e Cefet aderem



A greve iniciada no dia 17 de maio pelas Instituições Federais de Ensino Superior chega ao 20º dia com 51 paralisações. No Brasil, são 64 seções sindicais de 59 instituições federais de ensino superior ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Em assembleia realizada nesta terça-feira, a Universidade Federal do ABC (UFABC) deflagrou greve por tempo indeterminado. Os técnicos administrativos da instituição paralisaram as atividades hoje, em apoio à greve dosdocentes, e devem deflagrar greve a partir do dia 11 de junho. Segundo a Associação dos Docentes da universidade, os estudantes também apoiam a paralisação.
O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), do Rio de Janeiro, também aderiu hoje à greve nacional.
Entenda o caso
Os professores federais estão em greve para reivindicar a reestruturação da carreira e reclamam de condições precárias de trabalho, atribuídas à falta de estrutura nas instituições. De acordo com o Andes, foram feitas mais de dez reuniões com o Ministério do Planejamento para revisão dos planos de carreira, mas não houve avanço na negociação.
O Ministério da Educação (MEC) informou que "reafirma sua confiança no diálogo e no zelo pelo regime de normalidade das atividades dos campi universitários federais". O governo ressalta que o aumento de 4% negociado no ano passado com os sindicatos já está garantido por medida provisória assinada no dia 11 de maio.
"Com relação ao plano de carreira, a negociação prevê sua aplicação em 2013. Os recursos devem ser definidos na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) até agosto deste ano, o que significa que temos tempo. As negociações entre o Ministério do Planejamento e as representações sindicais seguem abertas", explicou o MEC.
Veja a lista das instituições em greve: 
1. Universidade Federal do Amazonas 
2. Universidade Federal de Roraima 
3. Universidade Federal Rural do Amazonas 
4. Universidade Federal do Pará 
5. Universidade Federal do Oeste do Pará 
6. Universidade Federal do Amapá 
7. Universidade Federal do Maranhão 
8. Universidade Federal do Piauí 
9. Universidade Federal do Semi-Árido (Mossoró) 
10. Universidade Federal da Paraíba 
11. Universidade Federal de Campina Grande 
12. Universidade Federal Rural de Pernambuco 
13. Universidade Federal de Alagoas 
14. Universidade Federal de Sergipe 
15. Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
16. Universidade Federal de Uberlândia 
17. Universidade Federal de Viçosa 
18. Universidade Federal de Lavras 
19. Universidade Federal de Ouro Preto 
20. Universidade Federal de São João Del Rey 
21. Universidade Federal do Espírito Santo 
22. Universidade Federal do Paraná 
23. Universidade Federal do Rio Grande 
24. Universidade Federal do Mato Grosso 
25. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
26. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha Mucuri 
27. Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
28. Instituto Federal do Piauí 
29. Centro Federal de Educação Tecnológica de MG 
30. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
31. Universidade do Vale do São Francisco (Juazeiro) 
32. Universidade Federal de Goiás (Catalão) 
33. Universidade Federal de Pernambuco 
34. Universidade Federal do Acre 
35. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 
36. Universidade Federal do Rondônia 
37. Universidade de Brasília 
38. Universidade Federal de Juiz de Fora 
39. Universidade Federal do Pampa 
40. Universidade Federal Fluminense 
41. Universidade Federal de Alfenas 
42. Universidade Federal de São Paulo 
43. Universidade Federal do Rio de Janeiro 
44. Instituto Federal do Sudeste de Minas
45. Universidade Federal de Santa Maria 
46. Universidade Federal da Grande Dourados
47. Universidade Federal do Tocantins 
48. Universidade Federal da Bahia 
49. Universidade de Integração Latino Americana
50. Universidade Federal do ABC 
51. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

sábado, 7 de abril de 2012

Concurso Público de Búzios 2012

A Prefeitura de Búzios, na Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, irá lançar concurso para 1.569 vagas, distribuídas por todas as áreas (Saúde, Educação e quadro geral) e níveis de escolaridade. Ainda haverá formação de cadastro de reserva, que poderá ser usado durante a validade da seleção, de dois anos, podendo dobrar. As remunerações irão variar de R$622 a R$9.450.

Inscrição
Datas: De 23/03/2012 até 15/04/2012
R$ 65,00 para nível técnico para vários cargos
R$ 80,00 para nível superior para vários cargos
R$ 65,00 para nível médio para vários cargos
R$ 40,00 para nível fundamental para vários cargos

Local: Estrada da Usina, 600 - Centro - Armação dos Búzios/RJ
Site: http://www.funcab.org
Vagas (1569)

Escolaridade Vagas Salário
Técnico para vários cargos 191 R$ 823,53 a R$ 1.113,77
Superior para vários cargos 517 R$ 1.493,11 a R$ 9.450,00
Médio para vários cargos 537 R$ 753,28 a R$ 1.385,55
Fundamental para vários cargos 324 R$ 622,00 a R$ 792,15

Calendário
Evento Data
Início do Prazo de Inscrição 23/03/2012
Término do Prazo de Inscrição 15/04/2012

Prova (1º Grupo) 06/05/2012
Prova (2º Grupo) 20/05/2012

Baixe o Edital Clique aqui

terça-feira, 6 de março de 2012

Propostas para melhorar nossa educação a distância

A educação a distância está modificando todas as formas de ensino e aprendizagem, inclusive as presenciais, que utilizarão cada vez mais metodologias semi-presenciais, flexibilizando a necessidade de presença física, reorganizando os espaços e tempos, as mídias, as linguagens e os processos. EAD tem significados muito variados, que respondem a concepções e necessidades distintas.
Podemos avançar muito na personalização das propostas, mais abertas, com forte aprendizagem colaborativa, em redes flexíveis e respeito ao caminho de cada um. Na EAD o aluno poderia ter seu orientador, como acontece na pós-graduação. Esse orientador seria o principal interlocutor responsável pelo percurso do aluno, com ele definiria as disciplinas mais adequadas, as atividades mais pertinentes, os projetos mais relevantes. Teremos cursos mais síncronos e outros mais assíncronos, alguns com muita interação e outros com roteiros predeterminados, uns com mais momentos presenciais enquanto que outros acontecem na WEB. Essa flexibilidade de processos e modelos é fundamental para avançar mais, para adequar-nos às inúmeras possibilidades e necessidades de formação contínua de todos.
Diante da dificuldade muitos alunos em adaptar-se ao processo de aprendizagem a distância, vale a pena pensar em propostas que implantem a metodologia da EAD de forma mais progressiva. Cursos a distância com alunos com maiores dificuldades (em média) de autonomia – ex: EJA, cursos técnicos, tecnológicos, graduação de cursos com alunos com pouca fluência de leitura, escrita e pouca independência pessoal – poderiam ter um processo de entrada mais suave na EAD. Começar com uma ambientação tecno-pedagógica para a EAD mais forte, feita presencialmente em parte, em laboratórios, com bastante mediação tutorial.
O primeiro ano desses cursos teria uma carga horária presencial maior do que a habitual, haveria mais encontros presenciais, mais tutoria local, mais aulas ao vivo junto com as demais atividades online, só que em quantidade menor, nesse primeiro ano.
Com esse ano de transição entre o modelo presencial e o a distância, o aluno estaria melhor preparado para enfrentar os desafios de caminhar para uma maior autonomia, para poder gerenciar melhor o seu tempo, para trabalhar mais virtualmente. Assim, a partir do segundo ano, aumentaria a virtualização do curso, com menos encontros e tutoria presenciais e mais orientação e atividades pela WEB.
No primeiro ano, as aulas seriam mais informativas, ao vivo ou por videoaulas fáceis, com histórias, representações, entrevistas. As atividades poderiam ser feitas em pequenos grupos presencial e virtualmente, para aprender juntos, dar-se apoio, manter vínculos, não desistir. Progressivamente haveria mais leituras, atividades mais complexas individuais e em grupo, pela WEB.
Cursos de formação de professores, que hoje utilizam mais a WEB, poderiam incorporar videoaulas ou teleaulas interessantes e motivadoras, como elementos enriquecedores da experiência de aprender online. Os cursos que se baseiam em textos na web, mesmo que bem produzidos e em tom dialógico, exigem um salto cultural grande demais, num primeiro momento, para alunos vindo de escolas pouco exigentes e que não desenvolveram o hábito da pesquisa contínua e produção autônoma.
É interessante a organização de aulas produzidas de forma mais inteligente e econômica, principalmente na formação de professores. As universidades públicas, através da gestão da UAB – Universidade Aberta do Brasil – poderiam criar materiais, principalmente os audiovisuais, de forma integrada, gastando menos recursos na produção e concentrado-os mais na tutoria e na adaptação à realidade regional. Universidades com mais competência reconhecida em algumas áreas fariam essas produções de videoaulas e do material de apoio básico (livros…) que serviriam de base para os cursos semelhantes de outras instituições e que poderiam ter algumas adaptações regionais, aproveitando a maior parte da produção já feita.
Em EAD não precisamos todos fazer tudo. A especialização pode baratear enormemente os custos, sem diminuir a qualidade. Esses materiais poderiam estar disponíveis no portal do Ministério para todas as instituições públicas e privadas. O dinheiro de educação é pago com os nossos impostos e se um material pode ser útil para muitos, por que não disponibilizá-lo? A educação a distância não é só conteúdo pronto, mas conhecimento construído a partir de leituras, discussões, vivências, práticas, orientações, atividades. Disponibilizaríamos os materiais básicos e cada instituição os adaptaria ao seu projeto pedagógico. Por que todos temos que fazer os mesmos materiais sempre de forma isolada, principalmente na formação de professores?
Nos cursos presenciais poderíamos também flexibilizar a relação presencial-digital de forma progressiva. No primeiro ano, as atividades aconteceriam mais na sala de aula. Haveria uma ênfase maior na aprendizagem do uso das tecnologias digitais feito no laboratório até o aluno ter o domínio do virtual e poder fazê-lo a distância. Algumas disciplinas teriam no máximo, nesse primeiro ano, vinte por cento de atividades a distância. Do segundo ano em diante, a porcentagem de EAD poderia aumentar até chegar a metade em sala de aula e metade a distância (sem ultrapassar a carga total de vinte por cento a distância, enquanto não mudar a legislação vigente).
Nos modelos WEB é importante utilizar mais a videoaula, a teleaula, a web-conferência e o uso também de tecnologias móveis.
Nos modelos teleaula convém ter menos aulas expositivas e melhorar a produção, combinada com atividades significativas em sala e na WEB. Nestes modelos precisamos aproveitar melhor os recursos da WEB e as tecnologias móveis.
Caminhamos rapidamente para poder aprender em qualquer lugar, a qualquer hora e de muitas formas diferentes. Aprender quando for conveniente, com ou sem momentos presenciais, mas sempre com a possibilidade de estarmos juntos, de aprender colaborativamente e de construir roteiros pessoais. Com a riqueza de mídias, tecnologias e linguagens, podemos integrar conteúdo, interação, produção tanto individual como grupal do modo mais conveniente para cada aluno e para todos os participantes.

José Manuel Moran *

* Diretor do Centro de Educação a Distância da Universidade Unianhanguera Uniderp. Professor de Comunicação na USP (aposentado) e especialista em inovações na educação presencial e a distância.

Os cenários para a educação brasileira

O Brasil tem extraordinário potencial dentro de um mundo competitivo e, segundo estudos o Fundo Monetário Internacional já em 2011 seremos a sétima economia do mundo. Não será a primeira vez que ocuparemos essa invejável posição, pois nos meados dos anos noventa (1994 e 1995) atingimos esse patamar. Depois caímos até chegar à décima – segunda, em 2002. O mesmo órgão afirma que deveremos manter esse patamar até, pelo menos, 2015 quando poderemos avançar mais ou recuar.
Ficamos somente atrás dos Estados Unidos da América, China, Japão, Alemanha, França e Reino Unido. Como estamos no patamar dos países desenvolvidos cresce o prestígio nas negociações internacionais. Em três décadas o país deve avançar cinco posições na lista das maiores economias. Atualmente o FMI calcula que será de US$ 2,19 trilhões o tamanho do nosso PIB.
Mas o quadro não é tão auspicioso se analisarmos pela ótica do desenvolvimento humano. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostrou que, dentre 169 países, estamos em 73o lugar. A principal causa dessa fraca posição é que a escolaridade “trava” o desenvolvimento. A esperança de vida subiu para 72,9 anos, mas a média de anos de escolaridade é pequena (7,2 anos).
Temos hoje cerca de 220.000 escolas, entre públicas (185.000) e privadas (35.000) onde estudam sessenta milhões de alunos. Atingimos, na educação básica, uma universalização e os mais de 5.500 municípios dispõem de rede de estabelecimentos de ensino. Em termos de escolas há muito mais públicas do que particulares. Temos 97,6% das crianças na escola, o que é positivo,
Já no ensino superior possuímos 2.500 instituições, com uma forte predominância (89%) de unidades mantidas pela livre iniciativa. O número de alunos é reduzido, se observarmos as necessidades de graduados para alavancar o progresso e consolidar a democracia. Não temos conseguido erradicar o analfabetismo, que atinge a 14,1 milhões de pessoas. Computando-se os analfabetos digitais esse número se eleva substancialmente. Nas avaliações nacionais ou internacionais os resultados são ruins.
Estudos em todo o mundo indicam que um dos diferenciais para explicar o desempenho dos estudantes é o que hoje se chama “capital cultural. É algo farto para os ricos, cujos filhos vão a museus e tem bibliotecas em casa. Escolas públicas que se destacam exibem, além de foco na leitura, atividades extracurriculares voltados às artes, ou seja, oferecem chance de expressão e de encantamento com o belo. O baixo capital cultural é uma das explicações para o fato de estarmos tão mal na questão da educação.
Um fato que merece comentário é que a maioria das bibliotecas públicas municipais brasileiras não abre nos finais de semana, não oferece serviços para portadores de deficiência e também não conta com qualquer atividade de extensão, como oficinas e rodas de leitura. Em relação ao acesso à internet das 64% que têm computador, só 25% oferecem conexão com os usuários.
Investe-se pouco na educação, com um gasto de 5% do Produto Interno Bruto. Há promessas de elevar para 7% em 2011 e chegar a 10% em 2020. Mas, além de ter recursos suficientes é preciso existir um processo de bom aproveitamento das verbas públicas. Gasta-se muito com a educação superior (especialmente a mantida pela União), em detrimento da educação infantil, fundamental e média.
Um trabalho realizado pelo movimento “Todos pela Educação” destacou que existem sete principais desafios a serem enfrentados. São eles: Inclusão, até o ano de 2016, de todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos na escola; universalização do atendimento da demanda por creche, nos próximos dez anos; superação do analfabetismo, especialmente entre a população com mais de 15 anos de idade; promoção da aprendizagem ao longo da vida para toda criança, adolescente, jovem e adulto garantia de que, até o ano de 2014, todas as crianças brasileiras com até os 8 anos de idade estejam alfabetizadas; estabelecimento de padrões mínimos de qualidade para todas as escolas brasileiras, reduzindo os níveis de desigualdade na Educação e ampliação das matrículas no ensino profissionalizante e superior.
As metas são atingíveis desde que existam determinação e comprometimento de longo prazo. O Brasil peca por não cumprir os planos plurianuais e transforma a educação em projeto de governo e não de Estado. No início da década de 2000 o Congresso Nacional aprovou o Plano Nacional de Educação para o período de 2001 a 2010. O então presidente da República o sancionou, transformando em lei. Apesar de ser muito detalhista, contendo mais de 300 metas, somente um terço chegou a ser cumprido.
O governo federal esqueceu totalmente a lei e resolveu criar o Plano de Desenvolvimento da Educação (conhecido como o PAC da Educação), através de diversos instrumentos frágeis e que foram sendo esquecidos ou parcialmente cumpridos, muitos deles com objetivos duvidosos.
Objetivando definir novas bases para o PNE de 2011 a 2020 foram mobilizadas diversas frentes, inicialmente nas cidades, com as Conferências Municipais de Educação, posteriormente nas unidades da Federação, através das Conferências Estaduais e no primeiro semestre desse ano, com a Conferência Nacional de Educação. Foram criados inúmeros grupos de trabalho e elaborado um documento final, com seis eixos temáticos a serem considerados no projeto de lei que será analisado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
A proposta, contudo, não foi encaminhada pelo Ministério da Educação ao presidente da República para elaboração de mensagem ao Legislativo. Em termos práticos isso significa que estaremos um vácuo legislativo sem a vigência do atual e a existência de um novo Plano Nacional de Educação. Com base nessa lacuna a nova Presidente irá definir, a seu critério, as linhas de ação que irão nortear as medidas no âmbito do governo federal. O mesmo ocorrerá pelos governadores nos Estados e no Distrito Federal e pelos prefeitos nos Municípios.
Os resultados podem ser desastrosos eis que concentrar-se-á tudo no Executivo, sem a participação, sequer, dos parlamentares que tem o dever de representar a sociedade brasileira nas grandes questões nacionais.

João Roberto Moreira Alves (*)
Eduardo Desiderati Alves (**)
(*) Presidente do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação
(**) Diretor do Grupo BESF – Brasil Educação Sem Fronteiras

sábado, 28 de janeiro de 2012

O BRASIL COMEÇA 2012 COM NOVOS MINISTROS NA EDUCAÇÃO E NA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

A primeira troca ministerial de 2012 do governo da Presidenta Dilma Rousseff será efetivada na tarde desta terça-feira (15) com a posse, prevista para as 15h, de Aloizio Mercadante no Ministério da Educação e de Marco Antonio Raupp para o Ministério de Ciência e Tecnologia.
A mudança ocorre por causa da saída do governo de Fernando Haddad, que deixa a pasta da Educação para disputar a Prefeitura de São Paulo. Atual presidente da Agência Espacial Brasileira, Raupp assume pasta até então ocupada por Mercadante durante o primeiro ano de governo da presidente Dilma.
De acordo com o Planatlo, a posse terá discursos de Haddad, Mercadante, Raupp e Dilma. Nesta segunda (4), os três auxiliares da presidente estiveram presentes à cerimônia em comemoração a marca de 1 milhão de bolsas concedidas pelo Prouni (Programa Universidade para Todos). Eles também participaram da primeira reunião ministerial do ano.
A posse será no Salão Nobre do Palácio do Planalto e contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de estar em tratamento contra um câncer na laringe, ele decidiu se deslocar de São Paulo a Brasília para prestigiar o evento.

Haddad assumiu o cargo de ministro da Educação no governo Lula e permaneceu na função no primeiro ano de governo de Dilma. O ex-presidente foi o principal articulador de sua candidatura nestas eleições. Já Mercadante foi líder do PT no Senado nos dois últimos anos de mandato do ex-presidente.

Lula sai de São Paulo entre 12h30 e 13h e chega a Brasília por volta das 15h. Antes, petista faz sua 15ª sessão de radioterapia, no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. Por meio da assessoria de imprensa, o Instituto Lula informou que o ex-presidente retorna a São Paulo ainda na noite desta terça, pois na quarta-feira (25) terá outra sessão de radioterapia pela manhã.

Biografias
Escolhido por Dilma para substituir Mercadante, Marco Antonio Raupp tem um perfil estritamente técnico. Diretor da Agência Espacial Brasileira desde março de 2011, Raupp é graduado em física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é PhD em matemática pela Universidade de Chicago e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP).
Já Mercadante é formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre pela Universidade de Campinas (Unicamp). Está licenciado do cargo de professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e na Unicamp.
Como ministro de Ciência e Tecnologia do governo Dilma, ele defendeu a capacitação no exterior de estudantes brasileiros e a abertura de vagas em concursos públicos para profissionais estrangeiros.

Considerado pelo Planalto um ministro "dedicado", Mercadante lançou em julho de 2011 o programa Ciência sem Fronteiras, que prevê a concessão de 100 mil bolsas de estudos nas principais universidades do exterior para estudantes, desde o nível médio ao pós-doutorado. A gestão do ministro à frente do Ministério de Ciência e Tecnologia foi marcada ainda pelas negociações para a fabricação no Brasil de tablets e smartphones.

Fonte:http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/01/dilma-da-posse-ministros-da-educacao-e-da-ciencia-nesta-terca.html